terça-feira, 13 de outubro de 2009

Nilton César

Quando pensamos na música brasileira dos anos 70 os primeiros nomes que vem a nossa cabeça são Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Gilberto Gil. Isso era pra quem estudava em universidade ou intelectual. Pra quem era das classes populares, o lance era ouvir cantores como Paulo Sérgio, Nelson Ned, Agnaldo Timóteo, Barros de Alencar e mesmo Nilton César.

Nascido em Ituiutaba- MG (mesma terra do grande Moacyr Franco), Nílton César iniciou sua carreira nos anos 60, cantando guarânias e boleros pela gravadora Continental. Sem grande retorno, mudou de repertório para participar do programa Jovem Guarda com músicas como “Professor Apaixonado”.

Porém, foi com após o fim do movimento que conseguiu emplacar seus grandes sucessos como: “Férias Na Índia” (1968), “A Namorada Que Sonhei (1969, até hoje seu maior êxito), “Canção do Motorista” (1971) e “Amor...Amor...Amor...” (1973). Sempre produzido e com composições do mestre Osmar Navarro, Nilton César foi um dos maiores vendedores de discos da RCA Victor nos anos 70 ao lado de Lindomar Castilho, Carmen Silva, entre outros. O sucesso foi também internacional, tendo o gravado seis discos em espanhol para o mercado da América hispânica. Sua música “Lenita”, gravada em 1966 foi a primeira canção interpretada por um brasileiro a chegar no topo das paradas argentinas.

No início, ele usava roupas bem mais discretas e um topete bem anos 60. Com o passar dos anos e os sucessos vindo, começou a usar roupas que mais definiam o galã da “década explosiva”: cabelos longos; camisas coloridas, floridas e abertas; correntes e as famosas costeletas. Hoje, já sessentão, abandonou esse estilo e as geniais costeletas também.

Nilton César continua fazendo seus shows e se apresentando com regularidade, com suas antigas e famosas canções, não somente no Brasil como no Exterior. Embora viva hoje de outra profissão, sendo dono de um posto de gasolina.

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